Sinto falta...
Sinto falta das tardes mornas e quietas de minha infância...
Sinto falta das brincadeiras de rodas
Das matinês do cinema
Sinto falta do sorvete gelado
Da pipoca quentinha
E dos olhares dos possíveis namorados...
Sinto falta das manhãs de domingo ensolaradas
Da missa logo cedinho
E do frango com macarrão no tempero certinho
Sinto falta das histórias que mamãe contava
E que me deixava perdida em pensamentos
Fantasiando coisas e sentimentos...
Sinto falta das gargalhadas fáceis
Do barulho dos sapatos na escada
E do apito do trem que estava partindo...
Das moças bem vestidas
Dos cabelos arrumados
E da ingenuidade dos sentidos...
Sinto falta...
Mas a lembrança guardou, com muito cuidado.
Tudo aquilo que não pode ser quebrado